A menina, a gata e a lua

>> domingo, setembro 21, 2008

Chegou a casa e encontrou a sua pequena confessora deitada no sofá como de costume. Preguiçosa. Naquele dia havia tido experiências e sensações únicas que enchiam o estômago dela daquelas borboletinhas inquietas. A lua estava cheia, parecia com a menina. Repleta de luz, promessas e desejos. Ela apenas tomou um copo de água e foi pra varanda. Ficou na penumbra vigiando o astro luminoso e ressentindo as emoções que teve durante o dia.


Logo aparece a gata, Capitu o nome dela. A felina companheira desses momentos meditativos. Ficaram assim, as duas, a menina e a gata contemplando a lua numa atitude hipnótica como se esperassem cair do céu todas as respostas.


A lágrima que vem molha o rosto na menina e goteja levemente no bigode da Capitu que lambe sentindo o gosto salgado dessa dor e alegria da sua dona tão amada. Ninguém entenderia. E ela tinha um amor extremo e intenso que não cabia dentro dela. Somente Capitu com a sabedoria que só os gatos têm. A menina desejava tanto ser uma siamesa. A vida seria menos complicada. Capitu só reclama quando tem fome ou quando ninguém dá atenção a ela.


Ela pensava. . . Olhava pra Lua com vontade de ir morar lá, ela, a gata e os sonhos.

2 comentários:

Anônimo 22/9/08  

Nossaaaaaaaaaaaaa!!
Tu tá demais.....que venha o prêmio Nobel!! hauhauhaua
Borboletinhas no estômago?! Hummm....isso é um ótimo sinal!!!
=)

Taty Gaspar 25/9/08  

Adorei!
Tão descritivo, tão verdadeiro...
A inquietude da vida consiste nas milhões de perguntas... e nas respostas que não nos são dadas!
E o tempo?
Pq as respostas só vêm com o tempo, se é ele quem cura as feridas deixadas pela falta delas?!?
Respostas chegam tarde demais!
Responda do jeito que vc gostaria que fosse...

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