Justiça feita

O Jornal o Estado do Maranhão comemora a decisão da juíza da 1ª vara Criminal de São Luís, Florita Campos Pinho, que decidiu liminarmente o fechamento do inquérito policial contra o Ex-senador Chiquinho Escórcio. O fato, segundo o jornal, é a prova de que a justiça veio , mais uma vez, em defesa de um cidadão íntegro e honesto. Ora, ora. Aqui nessa terrinha boa de gente sofrida, a disputa política acontece hoje de maneira mais ativa e visível entre dois grupos. O do Sarney e do Lago e agregados.

Neste episódio, a justiça e a polícia foram apenas instrumentos de manipulação de interesses dos rivais.

O delegado Rodson Almeida, sem um mandado judicial, invade o hotel em que Chiquinho Escorcio estava, e o “espanca”, conduzindo à força a pobre vítima em questão até a delegacia. Na verdade o ‘mandado’ veio simplesmente do outro lado da moeda. Foi o jornalista Lourival Bogéa, dono do jornal pequeno, consagrado como “ a voz da multidão, do povo”, o autor da queixa que nunca foi registrada, contra o ex-senador. Lourival dizia ter sido ameaçado (qual ameaça não se sabe) pelo Chiquinho.

Acontece que os grupos se digladiam, através dos meios de comunicação que possuem, com ofensas e agressões fundadas apenas na ganância do poder mais.

O que ocorre, segundo O estado do Maranhão, é que Chiquinho seria testemunha de acusação no processo que tramita no T.R.E. pedindo a cassação do governador Jackson Lago. E do outro lado, figurando como testemunha de defesa, está o Lourival Bogéa, que inclusive sofre acusação de ser o beneficiário do esquema de “Caixa 2” do governo José Reinaldo Tavares(PSB), na campanha eleitoral de 2006.

É de rir mesmo quando o jornal em questão revela no editorial que, “a ação policiall violenta que chocou o maranhão” não vai vingar em seu intento criminoso e anticonstitucional, pois “ o Estado Democrático de Direito é mais forte do que o arbítrio dos que agem fora da lei.” Será mesmo?