Desencontro

>> quinta-feira, julho 03, 2008


Ele saiu assim sem perguntar nada. Ficou resignado pela atitude dela, mas já não adiantava qualquer palavra. Fez de tudo pra dar certo e acabou assim. Novamente iria consolar suas mágoas de amor nas notas da flauta chorosa de Pixinguinha.
Quando termina um amor, morre também um pouco da gente. Mas o coração é um bicho que vive dentro do peito, fala só, pensa só, sente só, e, se regenera. É por isso que já teve cem amores. Putas, donzelas e casadas. Prazeres que nenhuma mulher entenderia. Maduro, ele queria mesmo era um único amor para amar verdadeiramente. Amar de carne e mente. De corpo e alma. Ela não acreditava. Pensou que seria mais uma aventura, uma mulher e nada mais. Parece que essa vida todo mundo só quer acumular. Parece? Seria mais uma com certeza. Desse mais subtraidor bastava. Amor de verdade só na lua com um e.t.
Ela não acreditou. E o amor... Bem o amor ficou apodrecendo dentro dos dois, assim como dentro da gente.

1 comentários:

Taty Gaspar 13/7/08  

Muito bom esse texto...
A credibilidade que não damos às pessoas põe tudo a perder... Eu acabei de perder, única e exclusivamente por não crer!

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