O Casório

>> segunda-feira, abril 27, 2009

Fui a madrinha de um casório sensacional que aconteceu neste final de semana, dia 25 de abril. Os noivos proibiram o uso de salto-alto e terno e gravata. Só fui me preocupar com a roupa na manhã do casamento. Oh madrinha destrambelhada!


Há de nascer um noivo tão performático e autêntico como o Bruno. Vestido de branco, informal, calçava um par de All Star branquíssimo, que dava até pena de usar. O Noivo estilo “pai-de-santo” entrou na igreja dançando tango com a mãe.

Posicionado agora, esperava a futura esposa.Dava pra ver que ele estava nervoso, ainda que negasse o fato. Tive o privilégio de sentar do ladinho dele e acompanhar todos os gestos, a mão inquieta e o olhar de quem sabia que a parada era duríssima.

Então a noiva, pontualmente, chegava linda ao som da música dos Los Hermanos, último romance. Os belos olhos verdes e o sorriso encantador transbordavam felicidade.

O padre encarava o noivo profundamente, como se dissesse “ ta vendo o tamanho da responsabilidade?” e ele, como uma criança repreendida, aceitava tudo sem tirar os olhos do sacerdote.

A hora do sim foi tensa, mas ele se saiu muito bem. “Cadê as alianças?” perguntou o celebrante. Todos olharam para um pingo de gente que não conseguia avançar de tanto que o povo falava “vem pra titia, vem!!” no meio do percurso o garotinho de 2 anos, eu acho, virou-se em direção a porta da igreja em desabalada carreira. E a risada foi geral!!! Não seria por causa do noivo ou da noiva que não haveria casamento, desta vez. Mas o lindo garotinho conseguiu realizar sua missão.

“Seu padre, a dela é a menor”, disse Bruno. E seguiu-se o ritual do ‘eu prometo’. Foi emocionante.

No momento do beijo uma chuva de arroz na hora errada, “ainda não!”. Era apenas um tio empolgado com o fato histórico da união do sobrinho. A cerimônia ficou longe da apatia da maioria das celebrações matrimoniais.

Agora a festa!! Fiquei rodeada de rapazes muito simpáticos, numa mesa que só tinha eu de mulher. Conversa boa, encontro com amigos do passado, com amigos feitos naquela ocasião e alguém que eu já conhecia sem nunca ter visto, a Íris.

Dançamos bastante, cantamos “pra não dizer que não falei do Sarney”, e apreciamos mais shows performáticos. O Barata arrasou.

Depois de quebrar 3 taças e de algumas quedas, o noivo já estava com a roupa de outra cor.

E eu, como consultora sentimental, não poderia sair assim sem ter o algo a mais pra contar a vocês, lógico. Essa responsabilidade é fogo!

Então depois de tudo isso, terminei com o padrinho que foi o meu par no casório. Ñão existem mais padrinhos como antigamente...


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Sistema de Cotas

>> terça-feira, abril 14, 2009

"É preciso o auto-reconhecimento, eu devo me sentir negro e devo sentir os efeitos dessa condição numa sociedade, numa cultura. Ela não se sente mais ou menos negra ou parda do que qualquer outro parente seu e de que nunca usou a categoria de parda ou negro em outra situação que não a inscrição para o vestibular”.
Foi o que disse o pró-reitor da Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, Jorge Cunha justificando o cancelamento da matrícula de uma aluna que passou na cota dedicada a negros.
O edital do vestibular dessa universidade disponibiliza vagas para pardos e negros e não esclarece nenhum outro tipo de seleção como a entrevista que foi feita com a aluna em questão. Perguntaram-na se ela tinha sofrido algum preconceito e se considerava parda. Ela respondeu negativamente as perguntas e perdeu a vaga no curso de pedagogia.
O sistema de cotas é um assunto bastante polêmico que mostra as discrepâncias do ensino no Brasil, além da discussão étnica que embala grandes discursos a favor e contra o sistema implantado.
Entre os argumentos a favor está o nivelamento de possibilidades, excluindo qualquer diferença social entre pardos, negros e brancos, entre os mais abastados e os de renda inferior. Sendo assim, todos teriam igual acesso as cadeiras de uma universidade pública.
A declaração cheia de preconceitos do pró-reitor só revela o insucesso dessa solução. De qualquer maneira, mesmo estando aprovado entre as cotas destinadas a negros, o estudante deverá se sentir inferior pela cor que tem. Deverá sempre figurar como vítima de desigualdade para conquistar uma vaga no ensino superior e assim fortificar a diferença, justamente ela, tão combatida pelo sistema de cotas.

Para esta estratégia vigorar, segundo o Pró-reitor Jorge Cunha, as pessoas de cor devem se sentir negras. E o que é se sentir negro? Verifique-se, portanto, a utilidade desse sistema que se propõe incluir excluindo, porque depende da interpretação dos agentes responsáveis pela eficácia dessa proposta. O sistema de cotas, nesse caso, segrega.

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Coisas 'Ilementares'


Qual o logaritmo de log416? Como se processa a digestão nas aves? O número atômico de 36Kr81? A velocidade média de um bonde voador em chamas no céu de São Luís?
Foram tantas coisas estudadas, decoradas, que aprendemos a duras penas, simplesmente para satisfazermos uma etapa do nosso conhecimento que iria nos levar a outros horizontes. Fico imaginando as horas intermináveis de dedicação à trigonometria, Química, Biologia e etc. para que conseguíssemos aprovação nas provas em época de colégio.
O que importa para um advogado uma equação de 2º grau? Um administrador precisaria saber como se processa a reprodução das mitocôndrias? O que me dizem da tabela periódica com aqueles cálculos malucos, para um sociólogo?
Assim como vocês, estudei horrores, tive que me tornar melhor aluna em disciplinas que atualmente não fazem diferença no meu desempenho profissional. Fui aprovada no monstruoso vestibular para a área de Ciências Sociais e nunca utilizei uma função exponencial, nem resolvi aquelas continhas absurdamente enormes que dão zero no final. E alguém me diria, “mas você precisa saber o elementar!” Dependendo da aplicabilidade funcional desse “elementar” concordaria com a pessoa, no entanto, são muitas as “elementaridades” ilementares que um dia aprendemos.
O sistema de ensino atual tem evoluído bastante. A tendência pedagógica em muitas escolas é a de mostrar a utilidade de cada coisa ensinada ao aluno. Preocupação que não havia no ensino tradicional; nele o aluno é considerado um banco onde o professor deposita qualquer informação sem justificar o porquê disso. Sentia-me assim na época de estudante.
O conhecimento cada vez mais se fragmenta e o desafio é o de nos tornamos especialistas de um caco da ciência em que atuamos. São muitos os objetos de estudo e infinitas possibilidades.
Diante disso, resta minha indagação perseverante sobre a importância real desses conhecimentos primários (muitos são necessários, mas a maioria se mostra inútil) que vão ficando descartáveis com a ação do tempo.
Ainda bem que não preciso mais saber que a soma do número de prótons e de nêutrons existentes no núcleo de um átomo recebe o nome de número de massa e é representado pela letra A e que o número atômico corresponde ao número de prótons ou de elétrons existentes num átomo e é representado pela letra Z.
A única química que interessa é aquela que acontece entre mim e aquela pessoa especial. Essa eu recomendo e afirmo sem temor, que todos precisam em qualquer época da vida.
Como adoro química!!!

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O UNO UNE

>> quarta-feira, abril 08, 2009



Já virou rotina passar pela praça de alimentação do Centro de ensino universitário do Maranhão-UNICEUMA, campus III, e flagrar uma reunião interessante de alunos em torno de uma mesa, unidos e compenetrados, movidos por uma causa justa e social: o UNO.
UNO é um jogo antigo e muito conhecido, que foi revigorado pelo movimento dos estudantes de Direito do 5º período da mencionada faculdade. As manifestações de apoio se alastram pelos corredores e salas de aula. Opositores, intrigados com a grande aceitação da ‘onda Uno’, acusam os estudantes de terem transformado a faculdade num cassino a céu aberto. “Puro despeito da oposição!”, diz um integrante do movimento que preferiu não se identificar.
Acompanhei de perto e investiguei a fundo a formação da “onda UNO”. A fundadora do movimento, Kadine, disse que na verdade ela não esperava tal repercussão e defendeu o objetivo pedagógico e social do jogo. Ela afirma que o “UNO une as pessoas e, além disso, tem uma metodologia complexa que aprimora a coordenação motora e o raciocínio do estudante.” Kadine garante que depois de algumas partidas, o aluno se sente mais preparado para apreender as lições jurídicas.
A coordenadora da “onda UNO”, Letícia Tailane, faz uma advertência, “o jogo pode viciar”. Por isso, recomenda-se ao iniciante que vá com calma, pois poderá sair prejudicado no processo, podendo sofrer os efeitos colaterais. No efeito suspensivo, o aluno sentirá uma leve ausência da realidade e confusão mental durante as aulas de direito. Quando esse efeito for devolutivo, ele terá como sintoma uma vontade irresistível de ser devolvido da sala de aula a uma instância inferior, ou seja, a praça de alimentação, que fica no térreo do estabelecimento de ensino, para assim continuar a jogar por horas ininterruptas.
Alguns professores manifestaram timidamente vontade de jogar, mas têm medo de se envolver no movimento. É irresistível!
Contudo, os benefícios do jogo se sobrepõem a qualquer argumento contrário a sua prática. A jogatina é do bem, segundo o resultado da pesquisa encomendada pela Consutoria sentimental.
Eu joguei e gostei do negócio! Constatei que o Uno é uma atividade de impacto na sociabilização de grupos e fiz novas amizades. A sorte de principiante fez com que eu ganhasse duas partidas e me sentisse inserida em um mundo de mil possibilidades coloridas. Se você quiser entrar em contato e saber mais sobre o assunto, fale com Évyla ou Wesley, do 5ºpériodo de Direito vespertino do Ceuma III, assessores do movimento.

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Um causo de amor

>> sábado, abril 04, 2009

Ele a quer, mas namora uma garota há um ano e não tem coragem de terminar com ela porque “tirou” a virgindade dela e, ainda por cima, considera você a melhor amiga dele, o que fazer?
Em primeiro lugar jamais fique com ele, enquanto ele estiver comprometido.
Em segundo, não transpareça estar apaixonada.
O passo seguinte é dar uma sumida básica da vida dele.
Torne-se um fantasma, apareça em momentos estratégicos para assombrá-lo. Como ele sempre te procura, atenda raramente os telefonemas dele e ouça com a atenção de quem está louca pra desligar o telefone. É claro que tudo isso você vai fazer com a gentileza que Deus te deu. Deixe-o cada vez mais necessitado da tua presença. Aparente sempre muita felicidade e tenha bom humor. Dê a entender que você está interessada em alguém. Crie oportunidades para que ele te veja, e nelas esteja linda e deslumbrante, mesmo que você o veja acompanhado. Permita que ele te perceba e o cumprimente de maneira rápida. Importante, esteja sempre bem acompanhada de amigos e bastante ocupada.
O restante requer paciência para aguardar manifestação dele. A tendência é que ele sinta falta de você de maneira mais intensa e fique intrigado com tua ausência. Dessa forma, ele terá os pensamentos ocupados por você e passará a se questionar sobre a escolha que deve fazer. Certamente você terá sucesso se for disciplinada e não se deixar cair nas garras da paixão. Depois me conte os resultados.
Um grande abraço!

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