Mulher da lua
>> quarta-feira, dezembro 03, 2008
Gostaria de ter frustrado por um capricho do livre-arbítrio a sombria previsibilidade da rotina universal.
O meu sonho já me alertava logo no dia conseguinte à primeira conversa telepática que tivemos. Nesse sonho você me dizia exatamente o que eu achava, mas não queria: “eu sou passageiro”. Admito que queria você mais infinitamente por tempo indeterminável. Admito que me apaixonei. Desde desse dia tenho desejado incansavelmente tua boca. Virou minha obsessão.
O meu sonho já me alertava logo no dia conseguinte à primeira conversa telepática que tivemos. Nesse sonho você me dizia exatamente o que eu achava, mas não queria: “eu sou passageiro”. Admito que queria você mais infinitamente por tempo indeterminável. Admito que me apaixonei. Desde desse dia tenho desejado incansavelmente tua boca. Virou minha obsessão.
O tédio passou e minha telepatia melhorou. Ficamos na dependência de um favor cósmico. Acreditei nisso. Então quando saturno se alinhava com mercúrio para fazer com que marte chegasse à conjuntura com a lua e o planeta do pequeno príncipe, o B-612, nos víamos e nos beijávamos ardentemente.
Ficava confeccionando meus mapas astrais numa paciência divina de quem tem certeza das previsões vermelhas do amor. Só que você nunca entendeu nada. Você nunca estava sintonizado e o seu horóscopo dizia que sua cor de sorte era cinza.
Eu disse certa vez que você é um homem do mundo e que sou uma mulher da lua.
Contradigo-me toda com definições de futuro sendo uma mulher de sorte tão incerta. Você parece saber aonde vai. Eu já vi na minha bola de cristal que fomos um pequeno desvio de conduta do universo. Agora tudo vai seguir sua órbita. Eu vou ficar aqui de cima iluminando tua estrada na Terra, tua noite, teus amores.
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