Desesperadamente polimorfa

>> quarta-feira, dezembro 03, 2008



Ontem eu era, hoje não sou mais. Eles têm razão, eu sou desesperadamente polimorfa. Eis uma alma inquieta com os valores atuais. Eis uma alma que deixou de querer ser perfeita. O amor, a paixão, a carne. “O erotismo não é apenas o apetite do corpo, mas em igual medida o apetite da honra.” A minha verdade foi corrompida, violaram minha pureza. Era virgem e sou puta. Mas uma puta contra minha vontade. Uma puta de classe e com nível superior que almeja seguir carreira acadêmica e ganhar muito dinheiro a base do meu trabalho. Todos me vêem assim como uma putinha apenas. Não faço jus a esse pensamento coletivo masculino. Eles acham que todas devem ser assim. Todas devem estar dispostas para satisfazer os instintos primitivos deles.
Se você não der logo no primeiro encontro eles te desprezam, você não é mulher de verdade. Só que para eles tanto faz se te comerem hoje ou amanhã. De qualquer maneira vão de deixar de lado pela primeira que abrir as pernas pra eles. Cuidado garotas!
Não é feminismo, não. É só um desabafo de um ego feminino ferido. Meu corpo inteiro pode me dar prazer. Não consigo pensar só com minha vagina. Talvez eu tenha nascido numa época incerta, ou seja apenas uma dissidente do pensamento coletivo surtando. Estou desesperadamente polimorfa.

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