VoCês e Eu

>> sexta-feira, fevereiro 13, 2009


O que poderemos esperar do amor? Tenho confinado meu coração para responder essa pergunta. Subi o mais alto ponto dos meus sonhos e desci às profundezas do mar para dissecar os relacionamentos afetivos. Todos os dias novas situações. Quem ama trai? Perguntou-me uma jovem de 21 anos. Dia desses ouvi de um personagem em um filme antigo, “Monella a travessa”, que fidelidade não tem nada a ver com amor, portanto, quem ama trai sim.
Como entender este paradoxo se o amor presume dedicação incondicional de sentimentos a uma pessoa somente? Bem, existe uma série de mitos e exageros ideais oníricos a respeito do que aprendemos ser o amor. Acho que aí está o problema. Aprendemos desde cedo nos contos de fada que a princesa sempre achará o príncipe perfeito e que viverão felizes para sempre. Crescemos com esse absurdo na cabeça e quando começamos a contemplar o mundo tal como ele é, quebramos a cara e nos enchemos de frustrações porque nunca conseguimos anular o encanto com um beijo, apenas.
A verdade é que não existe fadas-madrinhas e ninguém, se não nós, podemos fazer algo pela nossa felicidade plena. O paradigma do amor perfeito deve ser destruído antes que sejamos arrasados.
Quantas pessoas você conhece que se casam, publicam a data do casório como o ‘dia mais feliz da minha vida’ e depois de um tempo estão se traindo, separando e cheios de mágoas? São a maioria. Duvide dos casais felizes e sorridentes. Em casa eles devem quebrar o maior pau e você nem sabe.
A verdade é que “a pessoa pro resto da vida” só vai acontecer se decidirmos que ela apareça. Somos nós os responsáveis por isto, acredite. Ninguém cai do céu de maneira a nos salvar de nossas expectativas afetivas. É no Hades do dia-a-dia que vamos aprendendo a ‘santidade’ no relacionamento. Você não é perfeito, ela não é também. Relacionamentos exclusivos só existirão se você assim decidir se assim quiser.
Particularmente acho maravilhoso escolher por uma pessoa apenas, para dividir e somar as peripécias da espécie. E a fidelidade? É questão de escolha e de se sentir satisfeito e querer fazer com que o companheiro esteja assim igualmente, para que haja o ‘um para o outro’. Isso é lindo!
Não desista. Relacionamento assim só será possível com um nível elevado de maturidade espiritual, sexual e afetivo. Invista nisso.


2 comentários:

Anônimo 14/2/09  

Ainda bem que a minha percepção a respeito disso tudo está bem mais extensa... Cada dia é um novo aprendizado!
Até falei sobre relacionamentos no meu blog tbm... Depois dá uma olhada, acha que se completam o teu e o meu texo.
Bjs.

Gabriela Alves 28/4/09  

Acho que a fidelidade existe sim. Se eu sou, certamente outra pessoa existirá assim também.
Não desisto e recomendo que não desistas também.
Vale a pena arriscar!

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